Mont Saint Michel- de 3 - 5/junho/2019

 Fiz muitas pesquisas ainda aqui no Brasil para decidir como chegar a Mont Saint Michel. Primeiro, indicavam que deveria ir de trem à Rennes, pegar um ônibus e seguir para lá. Mas quando fazia minha pesquisa no site https://www.oui.sncf/ acabei descobrindo que poderia chegar via Pontorson (baldeação em Rennes) que fica a poucos quilômetros do Mont. Comprei o trajeto antes de sair do Brasil, mas não sei se paguei mais barato (€80 ida e volta). Mesmo assim, preferi não arriscar.

Escolhi sair cedinho de Paris (estação Montparnasse) no dia 3 de junho e voltar dia 5. Fiz isso, porque descobri numa página que as maiores variações de maré do mês em Mont Saint Michel seriam nesse período e queria muito ver o fenômeno que transforma um pedaço de terra em ilha.



Foi meu primeiro TGV e curti muito ver a paisagem se transformando pelo caminha, ficando cada vez mais rural.

Em Pontorson, ao lado da estação ficava o ônibus que te leva até o pé da abadia.

Fui até lá. Lembro que no caminho passei por um moinho que não pude fotografar.

Cheguei ao pé do Mont Saint Michel por volta das 10:00h e não resisti: dei uma volta pelas ruelas cheias de lojinhas para turistas. A maré estava bem baixa.




Voltei ao centro turístico e almocei num restaurante (La Rotisserie). Depois fui andando pela estrada até minha pousada que ficava a uma distância de 2 - 3 km desse centro (La Caserne).

A pousada (La Rive) tinha quartos grandes com banheiro, limpíssimos e um café da manhã caseiro. Saiu €50/dia. Eu amei! A dona só fala francês. Mas com um pouco de mímica e Google tradutor a gente resolve tudo.






Mais tarde voltei a pé até a abadia para ver a maré subir (por volta das 20:00h). Depois voltei de ônibus até o centro turístico e daí andei por uma estrada vicinal até minha pousada. 

Estava anoitecendo, mas ainda claro.




No dia seguinte, pela janela vi o monte a distância. Tomei meu café e segui pela estrada, curtindo das flores do campo, ovelhas e montes de feno. 






Tomei o ônibus gratuito no estacionamento do centro (hoje os carros estão proibidos ao pé da ilha) e fui à abadia. Comprei meu ticket para entrar na abadia finalmente.

Logo na entrada dela estava começando um tour guiado por uma portuguesa simpatissíssima. Tive a chance de conversar um pouquinho em português com a Maria porque vai dando uma saudade da língua materna. Ela mostrou a abadia seus arcos românicos, mais antigos e arredondados, e os góticos, mais recentes (em termos de idade média, claro). A partir do topo da abadia fomos descendo. Era arrepiante imaginar aquilo tudo sendo construído, pensado. Como a mente humana pode ser formidável (e, frequentemente, tão cruel)!




Ao final do tour a Maria abriu um portão que nos permitia voltar a igreja onde tínhamos iniciado o passeio. Ao chegar dentro dele, estava sendo rezada a missa. Quem me conhece, sabe que não sou nada religiosa, mas confesso que fiquei emocionada e agradeci por todos os momentos incríveis que estava vivendo. 😍🤩Pedi também por todos que amo. 🙏🏻



Refiz o tour, saindo num dos jardins. Passeei pelas lojinhas procurando caixinhas de caramelos para presentear. 




Comecei a reparar que havia uma série de “soldados” com uniformes antigos. Descobri, então, que havia uma parada com diversos carros da 2a guerra mundial para comemorar o aniversário de 75 anos do dia D. Não sou uma fã, mas meu marido adora. Então, lá fui eu fotografar para mandar para ele. Depois voltei a murada, para ver a parada de veículos que ia para Omaha. Muito legal ver os franceses orgulhosos. 

Ainda enrolei para ver a subida da maré, comi um hambúrguer e voltei, mais uma vez, a pé para a pousada. 








No dia seguinte, tomei meu café e minha anfitriã me levou até Pontorson. Como estava adiantada, fui conhecer a feira de produtos locais. Linda, colorida, cheia de frutas, verduras e embutidos apetitosos.








O passeio ao Mont Saint Michel foi meu momento favorito de toda viagem à França. As caminhadas a pé, totalmente sozinha, traziam um misto de euforia e medo. Uma sensação de liberdade, de conquista... Mas, como sou mulher, sempre estava atenta. Ouvia música e cantava sozinha naquelas estradinhas vicinais para afastar o medinho.

Cheguei numa Paris chuvosa lá pelas 17:00h. Ainda tive ânimo de pegar o guarda-chuva no meu apartamento em Montmartre e fui comprar meu tour para os Châteaux de Loire. Afinal, quem sai na chuva é para se molhar. Kkkk

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