Nice e Èze

 Nice 

Eu adorei Nice, com seu look de meados dos anos 50. A cidade na Côte d’Azur é muito charmosa e foi minha cidade base por três dias. Fiquei hospedada próxima à estação ferroviária para facilitar meu deslocamento para outros locais próximos (Ventimiglia na Itália e o principado de Mônaco).

Como usei mais a cidade para ir outros lugares, me concentrei em desbravar  o Centro e a região conhecida como Vieux Nice, o bairro mais antigo da cidade com suas ruas tortas de paralelepípedos. É fácil e divertido se perder por aí, enquanto vê lojas e procura por algo gostoso para comer.

Fazia o percurso entre meu apartamento e esse centro com a linha 1 do tramway (super-divertido) ou a pé, passeando por uma extensão da Promenade des Anglais, a avenida à beira mar. Foi assim que descobri que a praia de Nice era de pedras e não areia. Para mim foi uma surpresa, principalmente porque todo mundo age como se fosse a coisa mais natural. Mas para essa brasileira aqui, isso era muito diferente.

A culinária local é uma mistura de francesa e italiana já a a Itália fica ao lado. Assim, logo no primeiro dia comi pissaladière (uma espécie de pizza de anchovas) e berinjela e flores de abobrinha envolvidas em massa frita (beignets). O prato mais típico daí é uma massa de grão de bico parecida com uma panqueca chamada socca que sozinha eu achei seca e sem graça (😒). Mas há muitas opções de frutos do mar, carne e pasta.

No meu terceiro dia na cidade, depois do almoço, subi ao Parc du Château que fica no morro, atrás de Vieux Nice. A subida não de difícil. Lá em cima há um cachoeira artificial, o “castelo”, o parque e vistas maravilhosas da cidade. Há um elevador que facilita a subida, mas eu nunca escolho os caminhos mais simples...

• Outros lugares interessantes de Nice são a catedral ortodoxa russa de Saint-Nicolas que ficava bem perto do meu prédio; Cours Saleya com sua feira de flores e artesanato; o Promenade du Paillon, um parque com espelhos d’água e águas dançantes que atraem crianças e adultos; a Place Massena com sua fonte enorme.

Èze 

Essa vila medieval fico entre Nice e Mônaco. Há acesso por trem, carro e ônibus intermunicipal (o número 82). Eu preferi o ônibus dessa vez porque é bem baratinho, mas eu e muitos outros turistas precisamos esperar mais de uma hora por ele. Do ponto em que estava até Èze é uma corrida de uns 40 minutos.

Você desce ao pé da vila e vai passeando sem pressa. Na minha opinião, Èze já perdeu muito de sua autenticidade pois é numa porção de lojinhas bonitas para turistas e um hotel e restaurante chiques. 

Por isso, para mim a parte mais linda foi o Jardin Exotique, no alto do morro a 400m acima do mar entre ruínas de um castelo e forte medieval. Suas plantas suculentas são lindas, claro. Mas o que chama atenção são as lindas esculturas de Jean-Phillipe Richard que combinam tão bem com o jardim. Lá do alto você tem vistas lindas do Mediterrâneo.